Em tempos de convergência, tratar de uma variedade temas não implica em abordá-los superficialmente. O terceiro dia do evento m-Todos é prova definitiva disso! Aqueles que nele compareceram (ou que a ele assistiram on-line) acompanharam as discussões sobre m-Marketing, m-Narrativas, m-Arte e m-Games.
Pela manhã, a professora Irene Garcia Medina (UVIC/Espanha) iniciou a programação relativa ao tratar do uso de SMS para finalidades publicitárias (m-Marketing). Através de uma abordagem panorâmica, explicitou, sobretudo, toda a problemática envolvida no seu uso e quais são as suas mais eficazes potencialidades. A metodologia dialógica da palestrante possibilitou, em diversos momentos, o diálogo com a numerosa platéia que a acompanhava, o que resultou em uma rica discussão sobre as diferenças entre esta prática no Brasil e na Espanha.
Após o Café Com Pôsteres, retornou-se com um colóquio sobre m-Narrativas. Guilherme Verzoni (http://verzoni.org/) relata como se tornou um autor transmídia. Seu talento, criatividade e animação impressionam, não deixando de produzir conteúdo até mesmo durante a apresentação. O cineasta e professor João Massarolo (UFSCAR), também editor da recém-lançada revista GEMInIS (http://www.revistageminis.ufscar.br/), dá continuidade à discussão, tratando da arte da construção de mundos. Encerrando o período da manhã, o também professor Hélio Lemos Sôlha (UNICAMP) explicita o que compreende ser o contexto de convergência. Sua palestra surpreende pela aplicabilidade a todos os contextos que vinham sendo discutidos.
Às 14h, inicia-se o tema m-Arte. Para dele tratar, compõem a mesa o professor Hermes Renato Hildebrand (UNICAMP), matemático, artista e renomado especialista na união entre estas duas áreas; juntamente a Lilian Amaral Nunes, para tratarem, conjuntamente, das experiências decorrentes do projeto que desenvolvem de arqueologia da R. U. A. Sucede a eles o professor e coordenador do curso de Comunicação Social – Hab. em Midialogia (UNICAMP), Gilberto Alexandre Sobrinho. O trabalho do cineasta Peter Greenaway, a quem dedicou seus estudos acadêmicos, apresenta profunda pertinência à re-significação da tecnologia no meio artístico. Martha Gabriel finaliza o colóquio ao tratar de mobile tags. Enfoca sua abordagem nos chamados QR Codes, surpreendendo a platéia com não somente com as possibilidades latentes de seu uso extensivo, mas com exemplos concretos do que já foi realizado e, muitas vezes, se tornou um hábito, sobretudo na sociedade japonesa.
Da última mesa, referente a m-Games, participaram José Otávio P. Silva (UFRJ) e Maximiliano Marques (iMax Games). O primeiro contribui para a consolidação das novas formas através das quais os jogos vêm sido compreendidos. Explicita as suas atuações pessoais, ressaltando o papel do lúdico, terminando por convidar todos a se envolverem com a criação de jogos destinados a crianças com autismo. Já Maximiliano Marques representa a experiência de atuação no mercado que tanto engrandeceu as abordagens do evento. Dessa forma, tratou dos modos de produção, do modelo de negócio e das projeções futuras da sua empresa, a iMax Games.
Elucidou-se que, ao passo que cada Mesa era realizada, à compreensão que se tinha das precedentes eram adicionados complementos. Tornaram-se nítidas, dessa forma, a sinergia entre os temas propostos e quais papéis cumpriam perante o contexto comum. Não somente a unidade semântica do terceiro dia se estabeleceu, mas, principalmente, percebeu-se o elo entre cada um dos dias, justificando a ocorrência do evento que, encerrado, já cria expectativas de uma nova edição.
Por Bruno Lopes de Paula, Felipe Orsini Martinelli e Guilherme Bueno Pereira, alunos do 2º ano de Comunicação Social – Hab. em Midialogia (UNICAMP).
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